sexta-feira, 18 de abril de 2008

O E-MAIL DE PAULO COELHO > O MAGO


Paulo Coelho escreveu:
A mão do Senhor nos guia, com certeza, Vanuza, e lembre: o amor é o melhor caminho.Grande abraço,Paulo Coelho

terça-feira, 15 de abril de 2008

PAULO COELHO...O MAGO ME RESPONDEU

DEPOIMENTO:

PAULO COELHO > O MAGO > ME RESPONDEU *

Em um dado momento da minha vida passei pela difícil experiência de uma cirurgia. À época eu lia "O Diário de um Mago" do escritor Paulo Coelho que tanto me impressionou a ponto de que lhe escrevesse uma carta relatando-lhe o meu desespero. A resposta veio breve e de próprio punho do autor: "Tenha fé, pois A MÃO DE DEUS SEMPRE NOS GUIARÁ..." de lá para cá (vários anos se passaram), o MAGO E ESCRITOR não se esquece daquela anônima leitora.

Aqui transcrevo um belíssimo CONTO DE NATAL que recebi de Paulo. Se o faço, não é por vaidade, mas por uma GRATIDÃO INFINITA:











"Conta uma lenda medieval que no país que hoje conhecemos como Áustria, a família Burkhard - composta de um homem, uma mulher, e um menino - costumavam animar as feiras de natal recitando poesias, cantando baladas de antigos trovadores, e fazendo malabarismos para divertir as pessoas. Evidente que nunca sobrava dinheiro para comprar presentes, mas o homem sempre dizia a seu filho:- Você sabe por que a sacola de Papai Noel não se esvazia nunca, embora haja tantas crianças neste mundo? Porque embora ela esteja cheia de brinquedos, às vezes existem coisas mais importantes para serem entregues, os chamados "presentes invisíveis". Em um lar dividido, ele procura trazer harmonia e paz na noite mais santa da cristandade. Onde falta amor, ele deposita uma semente de fé no coração das crianças. Onde o futuro parece negro e incerto, ele traz esperança. No nosso caso, quando Papai Noel vem nos visitar, no dia seguinte estamos todos contentes de continuarmos vivos e fazendo nosso trabalho, que é de alegrar as pessoas. Jamais esqueça isso.O tempo passou, o menino transformou-se em rapaz, e certo dia a família passou diante da imponente abadia de Melk, que acabara de ser construída.- Meu pai, lembra-se que há muitos anos você me contou a história de Papai Noel e seus presentes invisíveis? Penso que certa vez recebi um destes presentes: a vocação de tornar-me padre. O senhor se incomodaria se eu agora desse meu primeiro passo em direção ao que sempre sonhei?Embora precisassem muito da companhia do filho, a família entendeu e respeitou o desejo do filho. Bateram na porta do convento, foram acolhidos com generosidade e amor pelos monges, que aceitaram o jovem Buckhard como noviço.Chegou a véspera do natal. E justamente naquele dia, um milagre especial aconteceu em Melk: Nossa Senhora, levando o menino Jesus nos braços, resolveu descer à Terra para visitar o mosteiro.Orgulhosos, todos os padres fizeram uma grande fila, e cada um postava-se diante da Virgem, procurando homenagear a Mãe e o Filho. Um deles mostrou as lindas pinturas que decoravam o local, outro levou um exemplar de uma Bíblia que havia demorado cem anos para ser manuscrita e ilustrada, um terceiro disse o nome de todos os santos.No último lugar da fila o jovem Buckhard aguardava ansioso. Seus pais eram pessoas simples, e tudo que lhe haviam ensinado era atirar bolas para cima e fazer alguns malabarismos.Quando chegou sua vez, os outros padres quiseram encerrar as homenagens, porque o antigo malabarista não tinha nada de importante para dizer, e podia desmoralizar a imagem do convento. Entretanto, no fundo do seu coração, também ele sentia uma imensa necessidade de dar alguma coisa de si para Jesus e a Virgem.Envergonhado, sentindo o olhar reprovador dos seus irmãos, ele tirou algumas laranjas do bolso e começou a jogá-las para cima e segurá-las com as mãos, criando um belo círculo no ar, igual ao que costumava fazer quando ele e sua família caminhavam pelas feiras da região.Foi só neste instante que o Menino Jesus começou a bater palmas de alegria no colo de Nossa Senhora. E foi para ele que a Virgem estendeu os braços, deixando que segurasse um pouco a criança, que não parava de sorrir.A lenda termina dizendo que, por causa deste milagre a cada duzentos anos um novo Buckhard bate na porta de Melk, é aceito, e enquanto está ali é capaz de alegrar o coração de todos que o conhecem."




domingo, 13 de abril de 2008

MULHER LOBA





GÊNERO: TERROR

MULHER LOBA
Família numerosa: pai, mãe e sete filhos. Cidadezinha do interior. Todos muito religiosos e Isabel, a matriarca, sempre absorvida nos assuntos paroquiais, uma beata, aquela senhora.
O casarão da família Pontes era frequentemente visitado pelos padres e freis de todas as localidades próximas que, chegando ali, eram acolhidos com todas as honrarias e uma farta mesa, na qual eles se serviam à vontade.
Numa determinada época, a população local se mobilizou de uma forma inigualável, estava para chegar o Frei mais famoso de todo o Nordeste, era Frei Sebastião.
Ocorre que, apesar da aparente paz que parecia reinar na família Pontes, havia entre aqueles sete filhos, dois (Ariosto e Alexandre) que se mostravam a cada dia mais rebeldes com os religiosos que por ali pousavam, aquela rebeldia, apesar de sufocada pelo casal, já fugira ao controle dos mesmos. Bem, chegou, enfim, o grande dia de Frei Sebastião, homem-santo, ir visitar e hospedar-se na residência da família. Isabel, no almoço, mais do que nunca, incitou os empregados da família a se desdobrarem nos trabalhos culinários e a lauta refeição foi servida. Todos se regozijaram à mesa, com exceção dos dois rebeldes, Ariosto e Alexandre, que, pelo contrário, iniciaram ali, uma série de ofensas verbais aos cinco freis presentes, entre eles o "SANTO" Sebastião. Diziam impropérios do tipo: - comam, seus famintos! ou, matem a fome, seus abusados! num determinado momento, Frei Sebastião levantou-se e sentenciou:- fiquem certos, meus filhos, nunca mais abusaremos da hospitalidade dessa família, mas, aviso-lhes que uma surpresa está para acontecer-lhes, em breve! e levantaram-se todos. Os freis partiram dali para outra cidade.
Poucas semanas depois do acontecimento, Isabel adoeceu, foi tratada com o diagnóstico de estafa, mas, foi sumindo, emagrecendo a olhos vistos, olhos encovados, já não rezava mais o terço, caiu de cama. Faleceu dormindo.
A cidade entrou em estado de choque; foram todos ao concorrido enterro, de negro, flores e velas nas mãos, choravam abertamente nas ruas, inconformados. O viúvo, Arcanjo, fora amparado várias vezes pelos filhos. Isabel desceu à cova com um rosto tranquilo, parecia adormecida.
Passou-se uma semana e Seu Zinho, o coveiro chegou certa manhã à casa da família enlutada e deu a seguinte notícia:- oia, gente, a tumba da dona Isabé, tá rachada! e tem mais, tem uma coisa lá berrando a madrugada toda...Arcanjo saiu rápido para procurar o pároco e com ele teve uma conversa muito reservada.
Já passava da zero hora, um helicóptero baixou, ali mesmo, num terreno próximo ao cemitério. Homens de negro desceram do mesmo, carregando embrulhos enormes, quando chegaram próximos ao túmulo da falecida, já estavam lá dois coveiros e Arcanjo. A um sinal do que parecia ser o chefe, os trabalhadores da morte iniciaram, a golpes de picaretas, a destruição do cimento rachado. À certa altura, cânticos, ladainhas foram entoadas e daquele rombo feito na cova saiu "um ser" de quatro patas, pelos pelo corpo, dentes à mostra, mas, uma jaula já havia sido montada na saída do túmulo e pedaços de carne crua, sanguinolentas estavam ali, expostas."O SER" devorava tudo avidamente e não ofereceu resistência aos seus visitantes. A jaula foi carregada até o helicóptero e dali partiu não se sabe para onde, há boatos que foi levado ao estrangeiro, quem sabe?
Manhã de domingo na Igreja, na primeira fila, Ariosto e Alexandre com os olhos enjetados e vermelhos, rezam contritamente.
Isabel, a Protetora, Beata e Penitente, agora tornara-se uma LOBA, um animal que ressurgira do além para provar que o Santo Frei Sebastião não costumava dizer profecias em vão...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

O JARDIM DE YASMIN

Uma mulher é só uma mulher?

Numa sociedade patriarcal

e brutal como a nossa,

APOSTO QUE SIM!

Por vezes, somos até menos:

um animal, um brinquedo,

um caco velho qualquer.

Mulheres como Yasmin

são exceções a essa regra

perversa, pois trazem na

sua bagagem de caráter

o dever de ser feminina

assim somos nós, mulheres

uma Força Inquebrantável

UM NÃO SE DEIXAR DOBRAR...

Daí que, no Jardim de Yasmin só

encontraremos flores de todos

os matizes, delicadas e

muito amadas...

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Trovinhas Amorosas... (Final)

Paixão doce paixão
Me inspiras a todo instante
Sou teu pão e teu tesão
Só nos dois seguindo adiante









Se moras em mim
Eu hei de te querer
Preciso que digas sim
E esse amor vai crescer








Nesse instante quero crer
Ao tocar no teu cetim
Deixando transparecer
Todo o infinito em mim








Por toda a vida minha
Serei seu bem serás meu
Passo a passo o amor caminha
Foi isso que Deus prometeu









Teu perfume penetrante
Me causa estranho calor
Odor de um corpo alucinante
Fonte constante de amor








A essência do amor
Encontro no teu olhar
Que me lança num torpor
Me levando a sonhar









O Taj Mahal tem mistérios
De um império do passado
Nascido de um amor ansiado
Símbolo eterno sem critérios










Na hora certa de amar
Calma estou a te aguardar
Meu corpo freme se estás perto
Perco o controle por certo









Saudade palavra única
Da última Flor do Lácio
Usando longa túnica
De tom forte violáceo









Lacrimeja meu coração em dor
Mas não rimo com desamor
O pranto silencioso é água
A dor há de perdurar como mágoa










quarta-feira, 9 de abril de 2008

Mais Trovinhas... Amorosas








Sentimentos e verdades
Partes dessa realidade
Sofremos com as maldades
Que vêm de toda saudade








Teu perfume me arrebata
Me comove até à alma
Perfume doce não mata
Nos trás a paz e acalma








A perfeição do amor
Não pode rimar com a dor
A rima do amor é vida
Viver é ficar sem partida









Acredite poeta é verdade
O sabor do amor vem da vida
A alma feliz nos convida
A sorrir com docilidade








O amor tem sabor de fruta
E cheiro de mato ele tem
Sol forte invadindo a gruta
E nós sabendo que a noite vem







O valor da minha amada
Não se mede e não se compra
Arrebata-me por um nada
Nenhuma alma me assombra







Se és o maior
Certamente és melhor
Carinho e felicidade
Me darás em quantidade







Maior que a força do oceano
Homem, filho da natureza
Quero gritar que te amo
Só disso tenho certeza







A vida sendo assim breve
Nos conduz por mil caminhos
O amor nela se inscreve
E nos trás tantos carinhos







Tu és a própria poesia
Sou teu amor verdadeiro
Toda noite e todo dia
Te amo, meu amor primeiro







Saudade em mim não mora
Pois quem ama e se enamora
Conhece sempre o remédio
Que afasta a dor e o tédio







Rimar desejo com queijo
É algo que não desejo
Pois o sabor do teu beijo
Vai além desse ensejo







A riqueza de um ser
Não está no ouro terreno
Tesouro maior é te ter
Viver um amor supremo








Desta vida tive tudo
Mas ao te ver fico mudo
Fazer-te feliz eu quero
Querida, assim espero

segunda-feira, 7 de abril de 2008

TROVINHAS...AMOROSAS

Chegaste sem hora marcada
De roupa surrada
Como alma penada
Pra ver tua amada
(Vanuza)





A hora passou, eu sei
E se, por ti, voltei
Sem dúvida, me apaixonei
E não surraria a quem bem amei
(Vanuza)






O homem a quem desejo
É o mais próximo de mim
Me afaga quando lhe beijo
Se entrelaçando assim
(Vanuza)




Inspiração também é transpiração
Só devaneia quem foge da contradição
Dessa dialética em ação

Amar é só percepção
(Vanuza)




Sonhar com um amor utópico

Uma terra linda e verdejante

Onde o amor seja verídico

E eu cavaleiro andante

(Vanuza)




Felicidade é a pluma do Vinícius

É clarão de luz flamejante

Vida breve e latejante

Sempre aos nossos auspícios

(Vanuza)




Eu, você juntinhos

Felizes, amantes coladinhos

Ouvindo só o coração

Na sutileza dessa canção

(Vanuza)




Tua luz que me seduz

Mesmo na escuridão

Dá-me aqui a tua mão

Pois ela é que nos conduz

(Vanuza)




Paixão que vem de ti

Abençoada por Deus serás

Quero louvá-la aqui

Sabendo que me amarás

(Vanuza)

terça-feira, 1 de abril de 2008

HUMOR: AS PREVISÕES DE PAI ZUCA PARA 2008


AS PREVISÕES DE "PAI ZUCA" PARA 2008
Entrevistadora:Taty, estagiária de comunicação num famoso canal de TV, mocinha com tendências ideológicas, digamos, "exóticas". Entrevistado: Pai-de-Santo da periferia de uma cidade grande. Homem ambicioso (171) e muito, mas muito conservador mesmo.

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COMEÇA A ENTREVISTA, Taty: - Boa noite, Pai Zuca!Podemos começar? PZ: - Vai me filmar? Deixa eu me arrumar... Taty: - Fim de ano e as pessoas ficam curiosas, como será 2008?PZ: - Bem, vamos aos búzios... Ano governado por Xangô com Iemanjá: Justiça e Amor. Vai ser bom! Taty, mais animada, arrisca: - E as mudanças políticas? O presidente, como estará? PZ: - Nada de mudanças. O presidente está no caminho certo e o povo muito satisfeito.Tudo continuará bem, como no começo! Taty, meio desanimada, muda o rumo da entrevista: - Alguma perda no meio artístico? PZ: - Sim. Um grande astro falecerá, infelizmente! Taty, querendo mais detalhes: - Uma dica por favor! PZ, o sacerdote afro pega de novo os búzios, faz um ar misterioso, olha fixamente a câmera em close, e diz: - Os búzios não querem falar. Taty, se controlando: - Na literatura, soubemos que uma escritora perdeu seu emprego num veículo de comunicação e... PZ, a interrompe bruscamente: - Já sei de quem você está falando, minha filha, mas não insista...Taty, insistindo: - Mais era uma carreira promissora, a moça fazia denúncias sérias de corrupção... PZ, muito aborrecido: - Por isso mesmo, o chefe lá do negócio tava certo. Se fosse no meu terreiro, eu tinha feito a mesma coisa. Taty o fuzila com os olhos: Mas a democracia, não fica abalada? PZ: - Que democracia? No meu terreiro, flho-de-santo meu tem que se ajoelhar e me beijar a mão e ruminando: "democracia, coisa de maluco, só no papel mesmo". Taty, não se dando por vencida: - Mas, a Van... Vanuza, volta? PZ perde a calma: - Não me fale esse nome aqui dentro. Pronto! Ninguém vai ver minha entrevista. Acabei de perder a metade dos meus clientes. Você estragou tudo. Sai, sai já daqui! Taty, constrangida: - Corta! Equipe da TV: - Vamos ter um trabalhão para editar tudo isso... A equipe sai e Pai Zuca retira seus paramentos, veste uma bermuda e abre uma lata de cerveja geladinha: "-Essas meninas de hoje! Ah, que saudade da ditatura!" Vai para frente da TV, assiste o show que antecede à queima de fogos em Copa. A festa começa e o que passou, passou... FIM



Vanuza Pantaleão/Textos diversos...

Observações:

Os textos que aqui estão sendo publicados surgiram desde há muito de uma necessidade de expressar "ficções" nascidas da nossa experiência de vida, entrelaçadas com figuras do inconsciente. Sou uma escritora desde a mais tenra idade, se há qualidade ou não nos meus "alfarrábios" deixo a critério de quem se dispuser a ler-me, afinal, o escritor é um ser que vive no seu tempo, porém buscando e rebuscando a superação. Trarei aqui prosa e versos da nossa poesia que ousei "cometer" ao longo dos descaminhos da vida. Aos escritores VERDADEIROS, peço-lhes que sejam indulgentes com essa eterna aprendiz.
Aos passantes, direi sorrindo: - Entrem, a casa é nossa!