sexta-feira, 21 de maio de 2010

Shame on you!

Uma flor, uma única flor nascida entre as pedras pode ser mais forte que as botas daquele que tenta esmagá-la...
*NENHUMA CRÍTICA, EXPRESSA OU VELADA, A QUAISQUER CREDOS RELIGIOSOS. RESPEITO TOTAL À CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL. NO DEVIDO TEMPO, EXPLANAREMOS MAIS SOBRE A TEMÁTICA AQUI PROPOSTA. AQUI, FAZEMOS POSTAGENS CULTURAIS E DE INTERESSE PÚBLICO. PODEM E DEVEM EXPOR SUAS DÚVIDAS, ABERTA E RESPEITOSAMENTE. OBRIGADA!

Tenha vergonha!


Envergonhe-se!

Ajoelhe-se

Peça piedade aos céus...

Peça com vontade

Não serás atendido

e sabes o porquê

Tente chorar

Mesmo sem vontade

As almas de suas vítimas

aguardam, pacientemente, por isso

Peça, peça piedade

Envergonhe-se e depressa!

Shame on you!

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CAZUZA:

Blues da Piedade

"Vamos pedir piedade

Senhor, piedade

P'ressa gente

careta e covarde..."

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Obs: Não estou aqui querendo números ou pretendendo gerar polêmicas com colegas. A questão é grave e estou tentando fazer uma chamada à consciência de uma pessoa que tenta usar e abusar da boa-fé de muitos daqui. Será que terei que botar o dedo nessa ferida?

Coragem não me falta, acreditem!

terça-feira, 11 de maio de 2010

O poeta trouxe-me o sol...

Paul Verlaine - França [1844 - 1896]
"Se esses ontens fossem devorar os nossos amanhãs?"
[Inspirada em "O Amor no Chão" do Poeta que cantava dos telhados]
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Não me debruço mais em vão
sobre teus versos vãos
labirintos onde cospes veleidades
venenos, fel, transmutados em mel
Vulgaridades
E em sendo vulgar
sobrevives em poças d'água
lama
donde se deduz e se confirma
que nada do que dizes me amofina
e foi tão somente crua rima
correntes tuas não me prenderão
Saiba e aprenda com isso
sorrio com a novíssima
Liberdade
voarei na amplitude solar
com asas de um moderno Ícaro
deixando-te em velha oficina
em consertos de motores e engenhos
emissores e receptores em ruídos
desusados, sujos na graxa
da tua rude ironia
e só prossigo por ter
esse
Sol a me guiar...
"LAMA NAS RUAS" [Guineto/Pagodinho]
Zeca, Verlaine iria te aplaudir! Conexões metafísicas unem os poetas...
Letra: "Deixa/Desaguar tempestade/Inundar a cidade/Porque arde um sol dentro de nós/Queixas/Sabes bem que não temos/E seremos serenos/Sentiremos prazer no tom da nossa voz/Veja/O olhar de quem ama/ Não reflete um drama não/É a expressão mais sincera sim/Vem pra provar que o amor quando é puro/Desperta e alerta o mortal/Aí é que o bem vence o mal/Deixa a chuva cair que o bom tempo há de vir/Quando o amor decidir mudar o visual/Trazendo a paz no sol/Que importa se o tempo lá fora vai mal/Que importa/Se há/Tanta lama nas ruas/E o céu/E o céu/É deserto e sem brilho de luar/Se o clarão da luz/Do teu olhar vem me guiar/Conduz meus passos/Por onde quer que eu vá...se há..."
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GUILHERME AQUI, RESPONDENDO OS COMENTÁRIOS. UM ABRAÇO!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Parto de Ternura...

DEDICATÓRIA: à minha saudosa e querida Mãe, Maria José Pantaleão, bem como a todas as mães, pais, avós e famílias do mundo...

Não sei se houve o parto, nem se foi de ternura. Fecho o portão atrás de mim e saio para a academia. Tênis, camiseta branca e cuca fresca. Atravesso a esquina e me deparo com uma mulher com um enorme barrigão. Humilde, limpa e até com um semblante terno.
Suas palavras desfazem-me a boa impressão causada, são de desespero:
- Moça, vou abortar!
-Não, isso nunca! Respondo em cima.
- Meu marido me deixou, vou ter gêmeos e já tenho mais três filhos...
-Edith (ela disse-me o nome), se você fizer isso seus filhos vão ficar órfãos, pois com tantos meses de gestação seus gêmeos e você vão morrer.
- Vou fazer! Fala com um brilho insano no olhar.
E agora? Penso eu. Tenho que arrumar um jeito rápido de convencê-la a não fazer tal bobagem.
- Olha, querida - vou adoçando a voz - eu vou adotar seus gêmeos, tá certo assim?
Edith abre-me o sorriso mais triste que já vi e fica calada. Saiu carregando no ventre criaturas já abortadas pelo mundo.
Penso em Edith, nas mães, nos maridos, não penso em mim. Afinal, somos seres também abortados sobre a terra.
Gostaria de dizer feliz dia das mães, mas esse fato ocorreu. Perdão, não dá!

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Na foto abaixo: Minha mãe (Vanuza) comigo no colo. Ela faz cada uma comigo!

Luiz Rattes Vieira, o nosso LUIZ VIEIRA de "Menino de Braçanã" e "Prelúdio Para Ninar Gente Grande" ("Menino Passarinho"). Ele gosta que o chamem de cantador; um dos maiores estudiosos do Cordel no Brasil, pernambucano de Caruaru. Voz vigorosa, aqui demonstrada em "Paz do Meu Amor" ("Estrela Matutina"). O povo dá outros títulos às suas músicas e Luiz respeita a voz do povo, tá certo!
"Você é isso/É parto de ternura/ Lágrima que é pura/Paz do meu amor..."
É melhor você mesmo cantar, Luiz!
Postado por Guilherme. Minha mãe já deixou o post pronto. Mãe, te amo!
*Administro esse blog autorizado por minha mãe. Guilherme Pantaleão