segunda-feira, 18 de maio de 2015

Coelhos e Canteiros - Esse final não pode ser feliz

Uma família que se isola desse injusto e conflituoso mundo pode ser feliz sozinha e a todo custo?
Mark e Gê se adoram, mas não encontram - e talvez nunca venham a encontrar - a receita dessa tal felicidade.
A filha, Anabela, será uma jovem culta e educada, mas conseguirá se tornar uma pessoa de caráter bom e fraternal?
Quisera eu, como autora e otimista incorrigível que sou, colocar como ponto final desse conto um simples "happy end".
Mas não dá!
Necessário se faria que o nosso planetinha fosse um lugar utopicamente bem distribuído entre todos os credos, raças e coisas que tais. Mas tá na cara que utopia não existe, e jamais existirá porque ninguém quer abrir mão de um mínimo dos seus privilégios, ao contrário, quanto mais se tem, mais se quer. Vivemos em tempos de TER e não de SER.
Daí,  tendo em vista argumentação tão óbvia, deixo em aberto o fim dessa historinha.
O que podemos mesmo contar de bom e de alvissareiro é que Castanho, o coelhinho fujão, voltou para os seus donos com uma família e tanto de dezenas de coelhinhos também devoradores de todos os canteiros verdejantes do novo jardim que ali foi cuidadosamente cultivado.
Ah, se pudéssemos ser livres, gulosos e safadinhos como eles!
Encerramos por aqui, amigos. Obrigada por me aturarem!
Beijos...