Degraus de mármore alvíssimos eram esfregados palmo a palmo pelas mãos ágeis daquela senhora. Em consequência, bolhas transparentes e coloridas surgiam para extasiar aqueles olhos observadores. Olhos que escorregavam na espuma de um passado sem retorno, obscuridade.
Na face de Vanda havia uma expressão contida, mas satisfeita, nada mais.
O trabalho iria se repetir sempre, dia após dia. A escadaria branca ia ficando mais e mais clara, transparente, até desaparecer no tempo-espaço da relatividade einsteiniana.
Os olhos viam. A mente não correspondia.