
Jorge Mario Vargas Llosa tinha quase tudo para não dar certo. Quase, eu disse. Nasceu em Arequipa, no Peru, em 1936 e, após poucos meses de casados, seus pais separaram-se. Hoje em dia, dir-se-ia que foi uma criança traumatizada, mas há traumas que também nos impulsionam para o campo de batalha da vida e nos tornam também vencedores de nós mesmos. Aconteceu com Llosa e aqui, sem fazer alarde, vamos pinçar detalhes da vida e obra desse grande Mestre.


Em A Guerra do Fim do Mundo, tendo a batalha de Canudos como tema central, sendo dedicado o livro ao nosso Euclides da Cunha ("Os Sertões"), ele agigantou-se e recolheu dados significativos(deslocou-se pessoalmente para o nordeste) sobre o genocídio praticado pela recente República Brasileira que devastou uma comunidade de pobres nordestinos no sertão baiano liderados e organizados por Antonio Conselheiro. Bem, recomendo a quem se interessar que faça uma pesquisa mais aprofundada sobre o tema que é muito pouco divulgado em nosso próprio país. Por que será?





"Eu prefiro ser um pardal que uma lesma/Sim, eu preferia/Se eu pudesse/Certamente iria preferir/Eu prefiro ser um martelo do que um prego/Sim, eu preferia/Apenas se eu pudesse/Certamente iria preferir/Longe, eu preferiria velejar longe/Como um cisne que está aqui e se foi/Um homem envelhece a cada dia/Isto dá ao mundo/Seu som mais triste/Eu prefiro ser uma floresta que uma rua/Sim, eu preferia/Se eu pudesse/Certamente iria preferir/Eu prefiro sentir a terra debaixo dos pés/Sim, eu preferia/Apenas se eu pudesse/Certamente iria preferir..."