sábado, 2 de novembro de 2013

Meu PC vai ao conSerto

Se fosse ao concerto com C
Felizes ele e eu ficaríamos
Mas com S
Significa danos, problemas
Nessa máquina
Que tanto amo
Com certeza
Voltará novo
Rapidinho
Veloz
E quem sabe, quase humano
Ele, eu e vocês
Voltaremos
A formar outra vez
Uma nova e afinada
Orquestra

ENERGIA E PAZ PARA TODOS! VOLTAREMOS EM BREVE, NUM PISCAR E ABRIR DE OLHOS...

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Um corpo que não caiu

Vertigo do velho Hitch trouxe-me, desde menina, a certeza de que havia um grande mistério na queda livre, louca e vertiginosa dos cabelos louros de Kim Novak. Passei a querer ser ela. Fui um pouco a Kim.
Passados mais de cinquenta anos - e passarão mais de cem - cada cena reacende aqui dentro de mim o mais lúdico daquela experiência marcante.
A vertigem e paixões arriscadas daqueles protagonistas fizeram-me sofrer o deslumbramento das cores oníricas dos teus cenários, caro Hitch.
O cinema é parte integrante e entranhada da minha vida, meu pai escondia a minha idade para ludibriar o bilheteiro. Eu tinha cinco, mas ele afirmava que eu tinha oito. Assim, adentrávamos naquele templo escuro, mágico e meio sensual, pois por ali haviam mãos vadias que tentavam afagar pernas adolescentes.
Rodrigo, um dos maiores (e tímidos) cinéfilos do Brasil veio, por fim, e ensinou-me mais, amando-me muito mais. E dessa maneira, fez-se um amor fora da tela, ou melhor, na grande tela da vida.
Ando ausente de vocês, amigos. Queiram me perdoar. Vou afastar-me ainda mais um pouquinho, mas volto, sempre volto...

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Krishna dança

O oitavo filho de Vishnu, menino de tons azulados na pele sagrada, Krishna dança bem aqui no meu quintal, no sonho dos novos sonhos que um dia quis sonhar, e ao dançar ao som da flauta doce, impregna os mundos de odores florais e cores preternaturais.
Nos seus saltitantes passos de inocente e sábio moleque, derruba sobre nós a leitosa jarra de argila, via láctea que dentro do meu ser ecoa, escoa.
Deseja Ele que nos alimentemos dessa translúcida coalhada, mesmo que seja só uma gota, pingo de alegria contagiante, remédio único para os males da alma.
Rodopia, Krishna!
Rodopia, dançarino dos ciclos da eternidade!
Krishna foi um menino-príncipe, perseguido e atacado constantemente pelas forças do mal. Seus pais foram obrigados a entregá-lo para uma família adotiva. Passou sua infância nas florestas e com os animais, levando uma vida pastoril. É um Deus que ama a música e a artes, mas gosta também de mudanças para melhor no comportamento humano. Um verdadeiro Amigo da Paz!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Eu me divirto no paint e no photofiltre!

O mundo digital é um universo de proporções incrivelmente ilimitadas. Até aí,  morreu Neves. Quero dizer, estou chovendo no molhado. Nunca fiz um só curso de informática, mas essa coisa do virtual e suas ferramentas são desafiadoras, e a cada dia, lá vem uma novidade. Não, até que não sou novidadeira. Digamos que eu seja uma internauta nada profissional, meio xereta, que vive mexendo daqui e dali. Aperto um ícone e me dou quase sempre mal. Contudo, entretanto, todavia, mesmo curtindo o beletrismo, paralelamente, venho de long, long time me afeiçoando à arte digital. Não digo que seja aquela arte aprimorada, porque na verdade, sou mais pelos caminhos estreitos e tortuosos dos erros do que dos acertos. Questão de cabeça, deu pra sacar? Difícil, nem eu mesma consigo.
Vou ao amarelado e esfrangalhado álbum de fotografias e percebo o tempo esfumaçando o meu rosto de criança. Revolto-me. Puxa! Faz tanto tempo assim que eu fiz oito anos?
- Faz, Vanuza!
- Mas eu não posso aceitar essa agressão de um inimigo que não posso combater, o monstro devorador dos nossos dias.
- Vou vingar-me de ti, tempo invisível e traiçoeiro.
- Como, Vanuza?
Quer ver só? Pego a foto, escaneio, vou ao paint e refaço as cores perdidas, corto, recorto, misturo imagens do presente com as do passado. Agora, toque de mestra: o photofiltre. Acham que é fácil? Tentem e padeçam como estou padecendo.
Mas, menina danadinha que sou, fui à luta e alguma coisa está me dando prazer. Isso, o prazer, busquemos o prazer.
Volto em junho para comemorar meu niver com vocês.

PS: Ai de mim se não fosse a ajuda do meu filhote!
Tchau, tchau! 

quinta-feira, 28 de março de 2013

Filhas das Estrelas - epílogo

Donato está voltando para casa, o engarrafamento é monstruoso, os motoristas discutem, se agridem fisicamente e ninguém mais se entende. Ele abandona o veículo no acostamento e segue a passos rápidos para sua residência, mas  não encontra a família por lá, os móveis foram revirados. Portas abertas, ele percebeu a fuga precipitada de Célia. As casas dos vizinhos também se encontram no mesmo estado de abandono. Don começa a perambular pelas ruas em busca de pistas. Uma pancada surda explode em sua cabeça e a escuridão apaga-lhe a consciência.
Enquanto isso, o grupo de Petrônio chega são e salvo  a uma região de montes nevados, cabanas de madeira circundam uma construção de pedras, talvez um velho mosteiro. Reunidos naquele salão onde o tempo parece não passar, se encontram homens e mulheres de vestes longas e cores sóbrias.
Uma senhora de cabelos ruivos, toma a palavra:
- Tudo que estás vivenciando até agora, Célia, foi plasmado por nós, até nossos corpos, pois somos pura energia, não possuímos corpos físicos.
- Mas por que me escolherem e a minha filha entre tantas pessoas? Redarguiu a visitante.
A mulher ruiva retoma a palavra:
- Seus átomos e, consequentemente, da sua filha, tiveram origem na nossa galáxia, vocês são nossas filhas, não te lembras da tua capacidade paranormal de prever o futuro? Herdaste isso e muito mais dos nossos antepassados. E seguirás conosco, se quiseres, para aumentar teu potencial de poderes e de sabedoria. Aceitas a nossa proposta?
O rosto de Célia se ilumina e sua mente se abre para uma percepção maior do momento importante em que está imersa. Mesmo assim, impõe uma condição:
- Só iremos se Don também concordar. Somos uma família...
De repente, surge na parede em frente, uma tela com a imagem de um homem ferido na cabeça, era seu esposo. Célia solta um grito de desespero e revolta-se contra seus protetores: - Por que vocês não o salvaram?
- Espere, moça! Intervém um homem baixinho, vestido com uma roupa artesanal de algodão cru. Ele vai sair dessa, mas por ter participado de temíveis experiências com os códigos genéticos da natureza e do homem, seus inimigos estão tentando eliminá-lo. Não conseguirão, vamos impedi-los e ele vai fugir.
- Mas que culpa ele teve? Abram o jogo! Célia altera a voz.
O homenzinho responde: - Ele tinha o livre arbítrio e, por ambição e vaidade da sua brilhante inteligência, prosseguiu nesses trabalhos que estão colocando em risco a sobrevivência do planeta. Porém, já sabemos que houve mudanças no seu caráter. Ele se arrependeu e pode desfazer o mal que ajudou a criar. Essa atitude o salvará, acredite.
Passaram-se alguns dias e ao entrar no quarto da filha, Célia se depara com uma cena comovente. Era Don que, abraçado a Íris, chorava copiosamente. Ela se aproximou e os três...bem, os três se transformaram em um. Essa, quem sabe, seja uma cabala que só o amor explica.
A casa agora, parecia totalmente vazia. Numa manhãzinha amena, saem para passear pelas redondezas e se deparam com uma construção metálica de luminosidade diferente. Don pediu que a mulher e a filha parassem e foi ter com Petrônio que se encontrava à entrada daquele aparelho de forma circular. Conversaram em voz baixa.
Em seguida, os quatro deram-se as mãos e embarcaram felizes naquele objeto não identicado. Seria um disco voador? Por que não?
Afinal,vocês pensam que estamos sozinhos no universo?

Nota explicativa: Em 1958, eu, minha família e toda a população do Estado do Rio de Janeiro, avistamos evoluções de alguma coisa que voava nos céus, e que deixava fortes rastros azulados. Não era avião, nem balão, nada que os homens de ciência da época pudessem explicar. O noticiário foi  farto sobre  a insólita ocorrência.

Uma Páscoa de Paz para todos!

terça-feira, 12 de março de 2013

Filhas das Estrelas - Parte 3

Petrônio pergunta, mas antes mesmo que Célia tenha tempo de pensar, ele mesmo toma a iniciativa de mudar o rumo da conversa, numa espécie de arrependimento, o que lhe aprofunda as rugas do rosto.
- Deixa pra lá! Vamos ter o momento certo para tratarmos disso e muito mais. Precisamos mesmo é pegar esse helicóptero e sairmos logo daqui, esse lugar é perigoso para vocês, eles estão lhes seguindo.
O coração de Célia bateu acelerado, estava com muito medo, a visão daquele aparelho e o destino desconhecido a deixaram paralisada.
O piloto gritou lá da cabine: - Sem medo, gente! Temos pressa!
Para entendermos mais as apreensões dessa mulher, teremos forçosamente que traçar um breve perfil das atividades de César Donato, seu marido. Então, vamos a ele.
Don, como era mais conhecido, viveu uma infância pobre como trabalhador rural, sem tempo de ter infância. Certo dia, acordou com planos de fugir de casa e, maltrapilho, sem sapatos, pegou uma carona numa caminhonete e foi para a capital. Menino lúcido e maduro para a sua idade, trabalhou muito duro, mas matriculou-se numa escola e com o salário minguado de faxineiro, foi traçando seu destino. Por fim, formou-se em Ciências Biológicas e tornou-se professor universitário.Como mérito de toda essa vida de estudos e labor, foi convidado a ser cientista num grande laboratório de genética humana e animal.
Conheceu Célia numa festa infantil - ela era professora primária do jardim de infância. Não era lá uma beldade, além disso, as grossas lentes dos seus óculos para miopia, escondiam os tons naturais daqueles olhos meio cinzentos, meio azulados que lhe emolduravam a tez clara. Mas quem poderia explicar esse mistério do amor à primeira vista?
Íris nasceu, a casa encheu-se de uma energia boa, mágica; sons de risadinhas infantis, aromas de leite materno, roupinhas cor-de-rosa no varal. Dois anos se passaram assim, felicidade ilimitada e roseiras brancas no jardim. Porém, Don, pouco a pouco, passou a dispender mais tempo e energia no laboratório. Célia percebia também que as conversas se tornavam mais curtas e ríspidas quando se tratava em dar explicações para essas mudanças.
Que pesquisas realizava Don? E por que não se aprofundava no assunto?
Na próxima e última parte, teremos todas essas indagações respondidas.
Mais uma vez, fico-lhes muito grata!
Até lá!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Filhas das Estrelas - Ficção Científica - Parte 2

O desemprego em massa e a corrupção política desenfreada, jogavam por terra o que ainda restava do respeito e ética à dignidade humana. Quadrilhas se formavam em todos os becos e saqueavam a todos e a tudo, desde computadores e celulares de última geração, a aparelhos de alta tecnologia em lojas, supermercados, e escritórios públicos e particulares. Hordas enormes de ladrões se apropriavam de alimentos até das casas de famílias humildes. Nada ficava incólume àquela devastação social.
Felizmente, para Célia e Íris (a menina), assim que o pânico começou a se instalar, ambas conseguiram fugir às pressas pelos fundos do quintal e se abrigaram no galpão de uma velha fábrica vazia, mas sabiam que era por pouco tempo. Tropas da polícia chegavam em caminhões para conter à força àquela destruição da ordem pública, mas até esses se deixavam contaminar e aderiam aos saques e assassinatos de pessoas inocentes, como idosos, mulheres e crianças. A terra não era mais um lugar seguro para abrigar e proteger a raça humana, tendo em vista que até a natureza se rebelava, e uma chuva de meteoros bombardeava uma grande parte das nações, deixando marcas profundas onde caíam. As grandes cidades ficavam com suas luzes apagadas, a água encanada sumia das torneiras, e a orgulhosa civilização ocidental se debatia em espamos de dor e lamentos.
Entretanto, como já foi dito anteriormente, mãe e filha, encontraram o apoio surpreendente e inesperado de Petrônio e sua equipe multidisciplinar de médicos, cientistas e psicólogos que as acalmaram como podiam e as acomodaram em um  pequeno e confortável quarto com flores do campo na mesinha de cabeceira, ali foram bem tratadas e fizeram uma refeição farta e quente que não experimentavam há dias. Adormeceram nos braços uma da outra.
- Então, já estão preparadas para a viagem de helicóptero? Vai chegar daqui a vinte minutos, disse Petrônio com voz pausada e firme.
Célia apenas virou sua face pálida para o  lado dele e fez um gesto de concordância, mas seu pensamento voou para longe, para o passado de uma pequena ermida onde ela, Donato, o marido, e a pequenina Íris, passeavam pelo verde de uma horta onde cultivavam alfaces, repolhos, batatas e tomateiros.
Subitamente, um som estrepitoso afastou-a de suas mais doces lembranças, o helicóptero se aproximava e pousava numa área improvisada.
- Vamos sair daqui rápido, minhas queridas! Apressa-se o anfitrião. Porém, por um breve momento, ele percebe o estado melancólico da mulher que cai num pranto dolorido. Foi quando aconteceu um terno abraço como se fora de pai e filha, e Petrônio também chorou sem sentir pejo ou vergonha da sua masculinidade.
Passado esse momento de emoção, em um assomo, aquele senhor lhe fez uma pergunta que lhe pareceu absurda:
- Queres partir desse planeta, Célia?
Na terceira parte da história, conheceremos a resposta de Célia. Aguardemos mais um capítulo, por favor.
Estão gostando? A opinião e até as sugestões de vocês, principalmente essas últimas, serão o nosso termômetro nessa jornada ao infinito.
Obrigada a todos!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Filhas das Estrelas - tentativa de ficção científica - novela


A princípio, o que as duas mulheres viram, não passava de uma porta carcomida de um antigo casarão, mas à medida que se aproximavam, outras estrututas arquitetônicas se divisavam ante seus olhos atônitos.
Célia bateu à porta e deparou-se com a figura de um homem muito alto e de barbas grisalhas. Ele a cumprimentou sorridente e afagou a pequenina cabeça da menina. Porém, ao penetrarem ali, ambas perceberam um entrelaçamento de grades fortes de ferro que ao serem tocadas por Petrônio (o nome do anfitrião) subiram e deixaram sobressair uma espécie de laboratório enorme e branco por onde circulavam cientistas que se locomoviam  sobre um piso cinza e brilhante.
A menina, muito assustada, agarrou-se com medo à saia da mãe. Ainda achava-se em estado de choque com as imagens recentes e perturbadoras que tomara contato até chegarem ali. Vira homens armados nas ruas e que tomavam brutalmente de assalto residências, maltratando pessoas inocentes e indefesas.
Continua no próximo capítulo...
Obrigada pela leitura!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Valei-nos, Santa Maria! Nada de carnaval!

Cheios de planos em suas mentes criativas, eles partiram felizes para uma dimensão cujo fundamento transcendental coloca ateus e religiosos  em permanente e eterno confronto filosófico. Pouco importa isso agora.
Simplesmente, em meio à mortífera cortina de fumaça e às chamas alucinantes, tudo está carbonizado. Principalmente...os sonhos.
Flores para os mortos!
Outras tragédias se sucederão nesse mundo materialista, impiedoso, ganancioso, perverso, narcisista, sem compaixão. Assistir a tudo pela mídia, foi o que nos restou.
Enquanto isso, o gado exibe sua ossada branca na caatinga nordestina, mais e mais crianças choram sua fome e comem macambira amarga. Morrem também, as infelizes.
Lama e chuvas torrenciais arrastam casas simples, colchões, geladeiras, bonecas, carrinhos de brinquedo e criancinhas que nem chegaram a ter um sonho sequer. Culpa de quem?  Quem ousa falar a verdade?
Flores, muitas flores para os que se evadiram dessa terra sem lei.
Valei-nos, Santa Maria!
Nem pensar em carnaval!

PS: Santa Maria, cidade gaúcha onde ocorreu o tenebroso incêndio que ceifou as vidas de trezentos jovens estudantes.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Uma questão de perspectiva

Na complexidade do destino, aquele morro verde encheu-me o olhar
E o caminho nunca foi tão reto e sem fim, assim como o vento
que foi sendo engolido pela janela aberta por nuvens translúcidas
Fluidas
Ali também estava a antena de TV, imponente, sorvendo imagens
do éter
Duas pessoas no terraço do prédio distante, pareciam-me
tão perto e palpáveis, quase me enganaram
Sei que a mão de Deus não pousou em mim que eu sentisse
E se as pessoas fossem finas como folhas de papel?
Uma simples questão de perspectiva,
e abriu-se o portal da poesia em mim,
Pensar que foi tudo assim,
De repente, sem nenhum sentido preciso
preciso ser imprecisa...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O que se traça na taça

Uma incredulidade me assalta constantemente sobre a "capacidade" que o ser humano tem em prejudicar outro ser humano. Somos suicidas em potencial, eis minha primeira conclusão - talvez meio precipitada.
João, na Ilha de Patmos, no seu exílio forçado, medita e escreve o apocalipse. Ele foi o único discípulo que assistiu todo o martírio e a crucificação de Jesus. Impressionante essa imagem, não?
Milagres e abominações borbulham na taça que contém o sangue  dos miseráveis.
Uma lágrima pesada cai sobre Nova Iorque, outra despenca em Xerém.
De Xerém a Nova Iorque, qual a distância tem?
Enquanto a taça transborda para alguns, para a maioria, no entanto, falta-lhes a gota que refrigera os lábios sedentos.
"E o quarto anjo derramou sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abraçasse os homens com fogo."
Nada demais, apenas para refletir e traçar rumos para 2013.