domingo, 22 de fevereiro de 2015

Coelhos e Canteiros - A família viaja

As coisas não andavam bem naquela casa. Mark ligava a TV e lá vinham enxurradas e mais enxurradas de roubalheiras no patrimônio público do país. Mudava de canal e assassinatos em massa jorravam pela tela, jovens e crianças decapitadas, vidas ceifadas pela estupidez humana.
- Não vejo mais televisão! Se não tenho nenhum poder de mudança no que acontece nesse mundo hostil, por que devo continuar a assistir coisas que me ferem a alma? Sou fraco, podem me acusar.
Gê, a sua Gertrude, a tudo percebia e na sua intuição quase mediúnica mantinha um diálogo com os seus protetores espirituais. Daí, começaram seus flashes e epifanias no seu mundo interior. Às vezes via-se como um adolescente chinês que saltava um muro altíssimo para fugir da polícia, enveredando por labirintos e favelas miseráveis. Em outras ocasiões era um rico mercador de tapetes persas, e as visões continuavam se sucedendo com muita frequência. Já havia ouvido falar em reencarnação , vidas passadas, fenômenos paranormais, mas só agora conseguia notar certas conexões.
Havia algo mais, se ao menos o professor Philip (o Phil) tivesse deixado seu telefone...
Mas um dia, Phil apareceu e uma viagem teve que acontecer. Foram todos para um lugar bem distante, lugar onde tudo poderia fluir melhor; onde haveria um quarto onde Mark e Gê  sonhariam em paz. O local tinha também um pátio cheio de gatos e que, um dia, no futuro, haveria de acolher Castanho, o coelhinho. Anabela iria adorar.
Vamos acompanhar essa fluidez daqui por diante?
Obs.: Amigos, vou respondendo aos pouquinhos a todos os comentários, ok?
Recebam o meu carinho...