segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Louco de Pedra

Nada mais, nada menos que um farrapo humano, um louco de pedra. Cantava e sorria e o mar lhe obedecia a cada nota e agudos. Os penhascos banhavam-se de espuma branca e a brisa marítima intercalava seus silvos aos cantares de ambos, o louco e o mar.
Ele precisava mostrar ao mundo que já tivera muitos amores e mulheres. Mulheres assanhadas, atrevidas, confusas, donzelas, meretrizes...
Onde estaria a loucura desse pobre cantor?
Nas pedras? No mar? Quero crer que em todos aqueles que o lançaram, por uma vida inteira, numa masmorra fétida de um hospício.
Assim são as coisas e como diria Sartre:
"Loucos são os outros!"