quinta-feira, 15 de julho de 2010

Pequenas (grandes) Alegrias


Quando comecei a orientar-me nas Letras, deparei-me de chofre com Hermann Hesse e o seu Lobo da Estepe. Hesse, Nobel da Literatura em 1946, foi um autor ímpar, não dava moleza à burguesia, não fazia concessões aos que queriam entretenimento fácil, não falava de amores, e sim, de AMOR. Sua vastíssima obra é uma riqueza de miríades de temas intrigantes, fustigantes mesmo. Mas o seu monumental O Jogo das Contas de Vidro continua a desafiar leitores e críticos literários até os nossos dias: complexo, sutil, sem dar lições, sem fazer joguinhos de palavras com ninguém, e quem já viu autor alemão perder tempo com quinquilharias literárias?
Entretanto, há um único livro em que Hermann Hesse nos permite entrever seu cotidiano simples e descomplicado, antes de sua partida desse plano terreno (ele era hinduísta), o livro chama-se Pequenas Alegrias. Passava dias a fio a pintar suas aquarelas na sua residência em Locarno, na Suiça. Conta-nos, em certo momento, que uma cerca de madeira quebrada e invadida pelo mato tomou-lhe tanto a atenção que dali não saiu enquanto não a pintou.
Daí, peço licença ao meu inesquecível Mestre para mostrar-lhe um pouquinho do que ainda acalenta a minha vida de mulher comum, alguns breves momentos, jardins, coisas aparentemente sem importância, mas que me arrebatam de alguma forma.
Um mini jardim que me dá flores e arranca-me sorrisos de contentamento...
A bonequinha cigana que dizem trazer dinheiro, ainda estou esperando...
Uma gostosa soneca nos dias frios de inverno, tem coisa melhor?
Minha sincera gratidão ao velho Lobo da Estepe! Jamais te esquecerei Hermann Hesse, autor do belíssimo Sidarta, um dos meus companheiros de cabeceira.
"Contemplação, não é pesquisa ou crítica; ela nada é senão amor. É o mais nobre e desejável estado da nossa alma: um amor sem desejo." [Pensamento de Hermann Hesse]
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A Espanha com a sua Fúria mostrou ao mundo que respira, que tem fôlego. Pudera, uma nação que dispõe de artistas dos naipes de Pablo Picasso, Pedro Almodóvar, Carlos Saura e Javier Barden, apenas para citar alguns da atualidade, não pode deixar de ser amada e, se possível, seguida.O povo espanhol tem mais é que comemorar e ser abraçado pelo mundo afora. De minha parte, aquele abraço!!!
Luis Miguel, o cantor preferido de Sinatra, aqui, numa interpretação magnífica de El Dia en que me Quieras.
Vamos nessa, meu lindo?! Canta pra nós!