O tempo passou, a TV exibiu uma entrevista com um homem na faixa dos seus trinta anos numa noite inesquecível, finais dos anos setenta. Rosto tranquilo e sorridente, Vítor Binot respondeu a todas as perguntas enfatizando da sua emoção quando entrou pela primeira vez no templo onde passaria muitos anos na convivência com seus mestres e amigos. As cores do local e os sons dos mantras budistas lhe proporcionavam momentos raros de elevação espiritual o que lhe serviu de base para o seu longo aprendizado religioso e pessoal. Aprendizado esse que foi repassado na sua academia familiar àqueles que o procuravam quando retornou ao Brasil.
A cantora Joyce, uma de suas discípulas, com muita inspiração, sintetizou magnificamente o que Monsieur Binot nos legou em uma das suas canções.Vamos ouvi-la?
Vítor não ficou muito tempo entre nós, faleceu de leucemia pouco depois, mas ficou imortalizado na alma de quem, de uma certa forma, compreendeu sua simplicidade de ser e, principalmente, a sua maneira de estar no mundo sem se apegar a ele como naquele ritual milenar em que monges principiantes pintam uma mandala com areias coloridas para, em seguida, desmanchá-la com um simples sopro.
A vida humana é apenas um sopro diante da eternidade, seria essa a mensagem?
A cantora Joyce, uma de suas discípulas, com muita inspiração, sintetizou magnificamente o que Monsieur Binot nos legou em uma das suas canções.Vamos ouvi-la?