segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Helmut Berger e eu!

Passada essa "onda cívica" que quase me deixou de quatro, naquela de quem ganhou, quem não ganhou e acaba que...bem, todo mundo sabe como termina essa euforia de todos nós, o povão brasileiro, ou não sabemos? Enfim, volto airosamente a uma das minhas famosas paixões nunca dantes revelada e que a ninguém interessaria, não fosse eu essa linguaruda que sou, Helmut Berger. E vou logo advertindo aos senhores e senhoras que, se por acaso, tiverem "a feliz idéia" de pesquisá-lo em português na famosa (e incompleta) Wikipédia brasileira, vão derramar copiosas lágrimas de sangue. O ator, tido como o homem mais bonito do mundo e preferido dos diretores de filmes cult, só pode ser pesquisado em alemão (sentiram o drama?), italiano, inglês, por aí. O motivo? Mistério profundo, eu também estou dando tratos à bola para saber. Mas já consegui um razoável material nesse meu insaciável vício e martírio "Helmutiano".
Encontrei Helmut meio que por acaso e fui seguindo pistas. Passados quase dez anos, delicio-me agora com todo o seu esplendor artístico, principalmente na filmografia do perfeccionista Luchino Visconti.
bem, estão aí umas poucas cenas de Violência e Paixão que na minha modestíssima opinião são cenas - como poderia defini-las? Digamos que se trata de um romantismo meio erotizado, sem aquelas apelações detestáveis que estão tanto em voga por aí, isso aqui, meus queridos, é Arte, é emoção estética, papa fina. E o conteúdo? Ora, vejam o filme! Depois, um dia, quem sabe, eu volto à carga contando outras preciosidades. Ah, e tem essa música aí, Testarda Io, sendo interpretada na afinada e bela voz de Iva Zanicchi. E para irmos já encerrando, como curiosidade, vocês querem saber quem são os autores da mesma? Nada mais, nada menos que Roberto e Erasmo Carlos. Pois é, amigos, nós aqui torcendo os narizinhos para o popular, mas o Príncípe italiano (ele era nobre mesmo), Visconti, colocando lá, como trilha sonora de uma das suas obras mais primorosas, os nossos brasileirinhos da jovem guarda, "turma do lamê"  e outros tantos rótulos menos votados que muita gente com problemas freudianos gosta de impor aos outros. Deixa pra lá, sem neuras, cuca fresca e vida que segue. 

Tenho tanto e tanto para falar que esse postzinho é só uma gotinha d'água nesse profundo oceano de variadas nuances, principalmente no que toca a uma outra película também dirigida pelo Mestre Visconti, Ludwig. Aqui, são cinco horas de uma aula de História, cenários de época requintados, Romy Schneider e aquela exuberância interpretativa dele...Helmut Steinberger. Ou, como ele mesmo simplificava, Helmut Berger.
 
Delícia, puro deleite...
Helmut Berger e eu!